Este foi um retiro de mindfulness baseado nas tradições Vipassanā da Birmânia e da Tailândia, nas quais os programas de mindfulness laicos atuais têm sua origem.
Um retiro intensivo em silêncio, com meditações guiadas em grupos e tempo para a prática individual, onde praticou-se mindfulness enquanto sentados, andando, parados, deitados e fazendo alongamentos e flexões (yoga).

Além das práticas formais, Jangchub, orientador do retiro, reservou tempo para entrevistas individuais e ofereceu aulas sobre o contexto histórico e ético das práticas.

As manhãs eram iniciadas com uma meditação e em seguida um suco de luz do sol ( com plantas nativas e sumos de frutas) era servido para ser tomado ali no gramado, em uma deliciosa atmosfera de paz e quietude.

Os passeios na natureza do vale, especialmente até a Cachoeira do Fundo, enriqueceram a experiência do grupo, trazendo energia e vitalidade ao trabalho.

Os jardins do Patrimônio, repleto da florada das quaresmeiras, enchiam as vistas de tons e sobretons de lilás, tornando tudo mais belo.

Namgyal Rinpoche, professor de Jangchub, foi um dos primeiros ocidentais a ser reconhecido como mestre de meditação no sudeste asiático (com o título Samatha-Vipassanā-Kammaṭṭhāna-Acariya).
Foi na Inglaterra e no Canadá, no começo dos anos 60, que ele começou a ensinar e adaptar rigorosas meditações, nas quais havia atingido maestria, tornando-as mais adequadas para as culturas ocidentais. Ele foi exemplar e pioneiro nessa transição cultural mantendo a essência.

Seguindo essa tradição, os participantes do retiro puderam aprofundar a meditação e a cada dia estar em mais sintonia consigo e com o lugar.

No encerramento do retiro, uma belíssima manifestação da natureza, com arco-íris e nuvens rosas, encantou o entardecer do vale e confirmou a todos presentes a força de estar em sintonia com o Universo.